Sarau - "Elas, uma escrita de si"
- mulheresquemehabitam
- 27 de fev.
- 2 min de leitura
No último dia de agosto de 2024, encerramos a primeira edição do Estúdio Literário – Elas, uma escrita de si no auditório da Biblioteca Pública Municipal Monteiro Lobato, em São Bernardo do Campo.

Foram três sábados de muitos estímulos para a criação de uma escrita de si, em uma investigação que partia do subjetivo e buscava não apenas o diálogo com o coletivo, mas, sobretudo, a comunhão com as histórias que queremos escrever sobre nós – mulheres que estamos tomando as rédeas de nossas narrativas para que nossas vozes ecoem para as que virão depois de nós!
As aquarelas criadas a partir da mediação da artista Luiza Marcon, os textos mediados por mim, Claudia Jordão, e as poesias desenvolvidas sob a orientação de Denise Hyginio e Mica Matos ficaram expostas para apreciação do público visitante.
Acredito ser importante ressaltar que, no primeiro dia de oficina, as participantes receberam disparadores para o processo de escrita e, ao longo de todo o Estúdio, deram continuidade ao refinamento do texto. Realizamos encontros online, divididos em grupos, conforme a disponibilidade de cada uma, para leituras, devolutivas e ajustes textuais. Os textos não foram compartilhados presencialmente, e tanto o público visitante quanto as participantes tiveram a oportunidade de ler e ouvir, pela primeira vez, os textos escritos pelas colegas, durante o sarau.

Para celebrar o encerramento deste projeto tão bonito, recebemos as escritoras Isabela Veras, Dalila Teles Veras e Adélia Nicolete para um bate-papo inspirador sobre suas obras e práticas de escrita de si. O encontro contou com a apresentação de suas obras, seguida de um momento especial de dedicatórias ao final do sarau.

No vídeo abaixo, apresento um resumo dos quatro encontros:
O mês de agosto marca o aniversário da Lei Maria da Penha, e não foi por acaso que escolhemos esse período para desenvolver o projeto. Não há nada mais poderoso para uma mulher do que o processo de autoconhecimento e autonomia; nada mais transgressor do que descobrir o “erótico como poder”, como aponta Audre Lorde. E nada mais potente do que mulheres reunidas para construir novas possibilidades de existência!
Falamos sobre coragem, resiliência e resistência, mas também sobre sermos mulheres anfíbias, mulheres bruxas, mulheres Marias, mulheres tantas outras – que estão em todos os lugares, em retomada ou constituição de si mesmas.
Assista ao sarau no vídeo abaixo e acompanhe a boniteza deste encontro:
Esta postagem faz parte da série de contrapartidas do projeto Elas, uma escrita de si, beneficiado pela Lei Paulo Gustavo de São Bernardo do Campo, por meio do Edital 23/2023 – Estímulo à Leitura e à Escrita em Bibliotecas Públicas Municipais.
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